Resenha de "O Planeta dos Macacos" - Pierre Boulle






Sinopse:


No ano de 2500, o professor Antelle, o físico Arthur Levain e o jornalista Ulysse Mérou deixam a Terra. Eles embarcam numa nave cósmica, em direção ao extraordinário sol vermelho Betelgeuse, na constelação de Órion.

O destino encontra-se a 300 anos-luz da Terra e até atingi-lo passam-se, em nosso planeta, cerca de três séculos e meio, enquanto os viajantes, devido à dilatação do tempo, têm a sensação de passarem-se apenas dois anos. Finalmente, eles se surpreendem ao aterrissar em um planeta com cidades, casas, florestas...Um planeta igual à Terra?

Quase. Existe uma diferença: aqui, os macacos reinam e os homens vivem em estado selvagem, quando não estão enjaulados e escravizados. O que terá acontecido com a espécie humana?

Opinião:


Por já ter visto todos os filmes da mitologia O Planeta dos Macacos, tanto os recentes como os antigos, não me senti impactado pelas informações e reviravoltas presentes no livro. Lamento por isso. Porém, tentando me colocar no lugar de uma pessoa que tenha lido o romance de Pierre Boulle em 1963 (ano de lançamento), consigo sentir a importância que a história representou para a sua geração. 

O Planeta dos Macacos vai fundo nos conceitos que as adaptações exploraram. Merece o rótulo de clássico da ficção científica. Faz críticas sociais veementes e conduz o leitor por uma trama crível, apesar de muito fantasiosa. Pierre conseguiu fazer com que a ideia de macacos usando ternos e dirigindo carros não soasse ridícula. Muito pelo contrário.

Tecnicamente, o livro não é cansativo. A proposta da história poderia ter gerado o dobro de páginas, contudo, o autor somente foi prolixo nas partes que eram necessárias. Recebemos informações suficientes para compreender o planeta e a sociedade onde Ulysse Mérou acaba parando. 

As pessoas que não assistiram aos filmes (existe alguém?) encontrarão na obra uma história surpreendente e inesquecível.

As pessoas que assistiram aos filmes talvez não vejam muito sentido em ler o livro. Exceto aquelas que, como eu, são fãs da mitologia.

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